Foi publicada na última terça-feira, 6, no Diário Oficial da União, uma nova legislação sobre o controle do cancro cítrico no País, estabelecida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa. A instrução normativa nº 37 estabelece quatro cenários: Área com Praga Ausente; Área Livre da Praga – ALP; Área sob Erradicação ou Supressão; e Área sob Sistema de Mitigação de Risco – SMR e entrará em vigor em 6 de março de 2017 (clique aqui para acessar a IN 37).

Foto: Departamento Regional da Cidasc de Rio do Sul

Foto: Departamento Regional da Cidasc de Rio do Sul

A alteração na legislação abre a possibilidade de estados com a incidência de cancro cítrico, como São Paulo e Paraná fazerem a mitigação, permitindo novas estratégias de controle que não seja exclusivamente a erradicação da planta doente.

Cabe agora a cada Estado determinar em qual cenário se encaixa e elaborar as normas fitossanitárias de acordo.

Reivindicação antiga

Foto: Departamento Regional da Cidasc de Rio do Sul

Foto: Departamento Regional da Cidasc de Rio do Sul

Estimulados pela pressão do setor citrícola que está sofrendo as consequências do alastramento e crescimento da incidência de cancro cítrico, sobretudo no estado de São Paulo, o Mapa e a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo – SAA abriram discussão para rever a legislação sobre a doença.

Atualmente a lei estadual determina que o citricultor faça quatro inspeções por ano e que arranque as plantas doentes. As árvores que estiverem ao entorno devem receber aplicações periódicas de cobre. Estima-se que o cancro cítrico esteja presente em 9% dos talhões do parque citrícola paulista.

Preparados

Há mais de dez anos o Fundecitrus pesquisa medidas contra o cancro cítrico e o comportamento da doença. Para isso mantém três campos experimentais no Paraná.

As informações contribuirão com um novo enfoque no controle da doença, baseado na mitigação e para a capacitação dos citricultores por meio de materiais técnicos e cursos sobre a doença.

“Estamos satisfeitos com o posicionamento do Mapa em atender à reivindicação dos citricultores que estão apreensivos com o crescimento do cancro cítrico e buscam maneiras de conter esta doença com uma legislação mais compatível com a situação atual”, afirma o gerente geral do Fundecitrus, Juliano Ayres.

 

Fonte: Agrolink.