O governador Raimundo Colombo e o secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa, acompanharam a visita do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Borges Maggi à região produtora de maçã de São Joaquim, na última quarta-feira, 10.

Foto: James Tavares / Secom

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No pomar da Cooperserra, o ministro conheceu, de perto, a fruticultura catarinense e tratou das novas alternativas de combate à mosca-das-frutas e ao cancro europeu, doenças que afetam a produção de maçãs e causam prejuízos aos produtores. Segundo levantamento da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc, cerca de 2% dos pomares catarinenses são afetados pelo fungo causador do cancro europeu. A Companhia realiza ainda um estudo sobre a mosca-das-frutas e a dimensão do problema no Estado.

Foto: Ascom / Cidasc

Na foto, da esquerda para direita, Priscila Maciel, Blairo Maggi, Priscila Ferreira e Enori Barbieri. Foto: Ascom / Cidasc

Uma comitiva da Cidasc composta pelo Presidente Enori Barbieri, a Diretora de Defesa Agropecuária Priscila Maciel, a Diretora de Comercialização Priscila Ferrari, o Gestor do Departamento de Defesa Vegetal, Ricardo Miotto, o Gestor do Departamento Regional de São Joaquim Rides Campos Ferreira, o Gestor do Departamento Regional de Lages Yuri Ramos, entre outros colaboradores da Companhia também acompanharam a visita do ministro à região produtora de maçã.

O governado ressaltou a importância da parceria entre os governos federal e estadual para proteger a fruticultura no Sul do país. “Santa Catarina e Rio Grande do Sul são os dois grandes produtores de maçã do país, é importante que o Governo Federal olhe pela atividade. Não podemos deixar essas doenças se agravarem para não perdermos o que conquistamos até agora. A fruticultura é muito importante para Santa Catarina, somos o maior produtor de maçã do Brasil, uma atividade que gera emprego e renda para milhares de catarinenses”, destacou Colombo.

Outra grande preocupação dos fruticultores é a possível importação de maçãs e peras da China, hipótese descartada pelo ministro Blairo Maggi. “A chance de trazer maçãs da China é zero”, afirmou. O que mais aflige os produtores é a questão fitossanitária, principalmente para evitar a reintrodução da Cydia pomonella, também conhecida como traça da maçã, nos pomares do país. Além disso, devido à grande quantidade produzida e aos subsídios do governo chinês, a fruta chinesa chegaria ao mercado brasileiro com um preço menor do que o custo de produção catarinense. “Não há possibilidade de fazer isso (importar maçãs da China) devido a questões fitossanitárias. Não podemos facilitar a entrada de doenças que atrapalhem nossa produção”.

Em seguida a comitiva seguiu para o Escritório Regional da Epagri, para discutir ações importantes para os produtores de maçã, inclusive o seguro agrícola que, em 2016, beneficiou 1,3 mil produtores da fruta.

Foto: James Tavares / Secom

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“Sabemos da responsabilidade de cuidar da sanidade, tanto animal quanto vegetal. Se hoje temos esse status é devido ao grande trabalho que fizemos, inclusive do produtor que fez o seu dever de casa. Vamos dar preferência, também, nos pagamentos dos seguros e o Ministério da Agricultura tem sido um importante parceiro nesse sentido”, enfatizou o secretário da Agricultura Moacir Sopelsa.

O Governo do Estado estuda ainda a criação de um programa voltado para a cobertura dos pomares, ação que protege as frutas de geadas e chuvas de granizo. Segundo o governador, esta poderia ser uma solução mais duradoura para os produtores. “A cobertura dos pomares é fundamental porque diminui o impacto financeiro sob o custo seguro e é uma proteção também para o produtor, principalmente para o pequeno produtor”.

O roteiro terminou com a visita em empresa produtora de maçã e vinícolas. Em sua passagem por Santa Catarina, o ministro da Agricultura ainda conheceu o cenário da fruticultura para o Estado. “A impressão é a melhor possível, centenas de produtores engajados e muito bem estruturados, preocupados com as questões de pesquisas e doenças e tudo isso resulta em produtividade. Nós, do Ministério da Agricultura, estamos prontos para atendê-los, as demandas são grandes, mas nós vamos nos esforçar para atendê-los”.

O ministro acredita ainda que a maçã pode ocupar um espaço maior dentro da pauta de exportações do país. “O Brasil precisa ampliar sua pauta de exportação e aqui nós temos um nicho de mercado muito importante, com produtores que já conhecem a atividade e que podem pensar em ampliar as áreas de produção e conquistar um mercado internacional”, concluiu Blairo Maggi.

Foto: James Tavares / Secom

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A comitiva do ministro contou com a presença de diversas autoridades. Entre elas, o presidente da Embrapa, Maurício Antônio Lopes; os secretários de Defesa Agropecuária, Luis Rangel, e de Política Agrícola, Neri Geller; e o chefe de gabinete do ministro, Coaraci Castilho. A viagem à região foi organizada pela Associação Brasileira de Produtores de Maçã – ABPM, Associação Gaúcha dos Produtores de Maçã – Agapomi e Embrapa.

Produção de Maçã

Santa Catarina encerrou a safra 2014/15 como o maior produtor nacional de maçã, responsável por 48% da produção brasileira. O Estado teve uma colheita de 613,8 mil toneladas em 17,6 mil hectares na última safra. Das mais de 600 mil toneladas de maçãs produzidas, 53% são da variedade Gala, 43,6% são da variedade Fuji e os 3,3% restantes agrupam variedades precoces. A produção está concentrada em São Joaquim, Fraiburgo, Bom Retiro, Bom Jardim da Serra, Monte Carlo e Urubici.

Seguro Agrícola

Nos últimos cinco anos, o Governo do Estado tem sido um grande parceiro dos fruticultores devido aos investimentos em subvenção de parte do prêmio do Seguro Agrícola para os produtores de maçã. De janeiro de 2015 a julho de 2016, o Estado já investiu quase R$ 3 milhões no pagamento de subvenção ao Seguro Agrícola, beneficiando 1,6 mil produtores. Só na região de São Joaquim foram repassados cerca de R$ 2,7 milhões.

Com o Programa, o Governo Federal subsidia 60% do valor total do prêmio do Seguro, ficando o produtor responsável pelo pagamento de 40%. O Governo do Estado beneficia esses produtores com a subvenção de metade destes 40%, limitado a 4,5 hectares por produtor. Ou seja, o agricultor paga apenas 20% do total.

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