Ministro da Agricultura quer que o país ganhe espaço no mercado internacional nos próximos 5 anos com conquista de novos mercados e expansão da área produtiva

Ministro da Agricultura Blairo Maggi  Foto: Antonio Araujo

Ministro da Agricultura Blairo Maggi Foto: Antonio Araujo

Durante o Global Agribusiness Forum (GAF 2016) em São Paulo, nesta segunda-feira, dia 4, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou que quer expandir de 7% para 10% a participação do Brasil no comércio internacional, nos próximos cinco anos. Entre as estratégias para chegar a esse resultado, estão a conquista de novos mercados e a expansão das áreas produtivas, que representariam hoje apenas 8% do território brasileiro. Para isso, Maggi pretende incluir 88 milhões de hectares de terras de assentamentos no processo produtivo.

Para o diretor-executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Alysson Paulinelli, o Brasil é o único país do mundo que tem espaço e tecnologia para concorrer com grandes produtores que subsidiam a produção, como é feito com o milho nos Estados Unidos, China e Europa. “(Mas) Precisa melhorar a política pública e seus serviços, inclusive o de transporte”, disse ele, durante o fórum.

Para o porta-voz do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), Warren Preston, esses problemas precisam ser resolvidos imediatamente se o Brasil quiser permanecer entre os exportadores mais competitivos do mundo.

O mundo vive um cenário de preços baixos e estoques altos e os EUA devem ter a maior área plantada de milho desde 1944. Com o Brasil prejudicado na segunda safra, países competitivos ganham vantagens, já que temos baixos custos, mas falhas nos processos logísticos.

A expansão dos mercados, segundo o governo, deve caminhar em direção ao Oriente. De acordo com o ministro das Relações Exteriores, José Serra, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) vem se dedicando a isso com intensidade. “Não foi por outros motivos que eu trouxe para presidir a Apex o nosso ex-embaixador na China, que conhece profundamente os problemas do Sudeste Asiático”, afirmou.

Fonte: Canal Rural.