Foto: ASCOM/CIDASC

A questão sanitária e ambiental é a maior preocupação em termos de políticas públicas para os produtores da suinocultura do Centro-Oeste. Isto é o que se pode concluir dos primeiros debates do 1º Fórum de Discussões da Suinocultura do Centro-Oeste, realizados na tarde desta terça-feira no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá. O painel conjuntural “Desafio de Políticas Públicas para a Suinocultura do Centro-Oeste” expôs demandas do setor produtivo, em especial com relação ao governo federal.

Para debater o assunto com os produtores, a mesa foi composta pelo Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Neri Geller, pelo presidente da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), Marcelo Lopes, pelo superintendente executivo da Secretaria de Agricultura de Goiás (Seagro), José Manoel Caixeta, pelo secretário de Agricultura do Distrito Federal, Lúcio Valadão, e pelo superintendente de Política Agrícola da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar de Mato Grosso (Sedraf), Luiz Carlos Alécio.

As principais demandas levantadas pelos produtores foram com relação à sanidade dos animais, e foi demonstrada uma preocupação especial devido ao posicionamento geográfico de Mato Grosso. O Estado faz fronteira com outros países e, segundo os produtores, a fiscalização com relação aos suínos ainda não garante que contaminações  não ultrapassem a divisa.

“Os recursos federais para defesa sanitária foram reduzidos, e isto nos preocupa. Os países que recebem a carne de Mato Grosso possuem regras rígidas com relação à sanidade animal, por isso é preciso que se tenha cuidado. A Associação de Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) tem feito seu papel de colocar isto para o Estado e cobrar medidas para que evitar que ocorra problemas futuros”, disse o presidente da Acrismat, Paulo Lucion.

Em sua fala, o Secretário de Política Agrícola do MAPA, Neri Geller, destacou que a suinocultura é importante para o país, e que o Ministério busca resguardar a continuidade das atividades do setor através de mecanismos que garantam a prática de preços mínimos de venda ao produtor. “A suinocultura é muito importante não só para vocês que estão produzindo, mas também para o cenário social e econômico em que vocês estão inseridos”, destacou Geller se dirigindo aos suinocultores.

O restante da mesa foi unânime ao destacar que isto somente não garante a sobrevivência da suinocultura, e que outros mecanismos são necessários para dar segurança ao produtor, como o Projeto de Lei 1008/2011 que tramita no Senado e, se aprovado, garantiria mais garantias que as políticas do ministério, suscetíveis a mudanças políticas.

Fonte:  Expresso MT