Foto: ASCOM/CIDASC

Até o fim deste ano o segmento de base florestal vai ter mais uma opção rentável para destinar os resíduos de madeira, conforme determina a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Trata-se da implantação do projeto piloto de produção de pastilhas ecológicas feitas com tocos e aparas que está sendo feita na cidade de Alta Floresta.

Mas os demais empresários de outras regiões também vão ter a chance de conhecer os resultados e a inovação deste trabalho com a palestra do engenheiro da Nativa do Brasil, Marcelo Lubas, que acontece dia 3 de junho no workshop “Resíduo da madeira – Um grande negócio”, evento a ser realizado pelo Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), na sede da Fiemt, das 8 às 16h30 com a co-realização do Simno, Sindusmad, Simenorte, Simava, Simas, Sindiflora, Sindinorte e Sindilam.

A palestra de Lubas será “Sistema de Produção de Pastilhas Ecológicas (SPPE)” mas ele revela que vai abordar não só essa como também outras possibilidades de redução de geração de resíduos a partir de vários procedimentos. Entre os exemplos ele cita, no caso de serrarias, o carro porta-tora com sistema de servo-alimentação. Mas o assunto principal será a pastilha ecológica.

Segundo ele, com a produção desse produto a geração de resíduo reduziria em cerca de 20%, sendo utilizado como matéria prima, além de agregar valor ao produto por ser proveniente de madeira nativa. As pastilhas de madeira podem ser utilizadas do chão ao teto passando pelo mobiliário em formatos de 3 x 3, 4,5 x 4,5, 6 x 6, 9 x 9 e 12 x 12 cm.

Ele salienta que existem pastilhas semelhantes no mercado, mas sem a metodologia que vai ser implementada em Alta Floresta. E os empresários não perdem por esperar. Esse projeto deve apresentar resultados concretos em cerca de três meses e vai servir, conforme Lubas, para identificar gargalos e levantar custos de produção que, nos primeiros levantamentos está girando em torno de R$ 100 mil a R$ 150 mil e um tempo de implantação entre quatro e seis meses.

“Paralelo a este projeto já trabalhamos com estratégias de introdução do produto nos mercados interno e externo para garantir a absorção do produto assim que chegar a comercialização”, finaliza.

Fonte: 24horasnews