Foto: ASCOM/CIDASC

Operação conjunta entre Cidasc e Polícia Rodoviária Estadual e Policia Civil resulta na apreensão de 2688 frascos do produto popularmente conhecido como “chumbinho” .

A apreensão ocorreu, durante uma Fiscalização de trânsito na tarde da última segunda-feira no posto da Polícia Rodoviária estadual de Gravatal(SC). Porém, desde 2011, a Cidasc já monitorava as vendas deste produto agrotóxico e coletava informações sobre o distribuidor em Santa Catarina.

Parte dos produtos, assim como já ocorrido em outras apreensões realizadas pelo órgão de Fiscalização(CIDASC), não possuem sequer rótulo, enquanto outros apresentam informações falsas como o nome da empresa produtora e cnpj, além de não fazer qualquer referência à recomendações de manuseio e segurança para seu uso.

O distribuidor que conduzia os produtos no interior de um veículo Monza, com placa de Araucária(PR) foi preso em flagrante e autuado. Além disso, responderá processo administrativo por transportar agrotóxicos não registrados nos órgãos competentes.

O “chumbinho” não possui registro em qualquer órgão competente (Ministério da agricultura ou Anvisa), e trata-se de um produto comercializado de forma criminosa e irregularmente utilizado como raticida, onde mostra-se altamente eficaz, com potente letalidade e rápido modo de ação.

Os produtos apreendidos apresentam duas formulações: 1049 frascos com granulado cinza escuro (cor de chumbo) e 1639 frascos na forma líquida (rosado). Ambos são produtos químicos de uso agrícola (inseticida, acaricida ou nematicida) porém são manipulados e fracionados indevidamente e desviados para uso como raticidas. Os principios ativos mais comuns encontrados na formulação do “chumbinho pertencem ao grupo químico dos carbamatos e organofosforados, ambos extremamente tóxicos, que expõe a população a sérios riscos de intoxicações graves ou até mesmo serem fatais. No comércio clandestino, o produto também é vendido e utilizado para o exterminio de cães e gatos.

Os sintomas típicos de intoxicação por ‘chumbinho’ são as manifestações de síndrome colinérgica e ocorrem em geral em menos de 1 hora após a ingestão, incluindo náuseas, vômito, sudorese, sialorréia (salivação excessiva), borramento visual, miose (contração da pupila), hipersecreção brônquica, dor abdominal, diarréia, tremores, taquicardia, entre outros, segundo informações da Anvisa.

Fonte: ASCOM/CIDASC